23º Ronco do Bugio - 2º Ronco do Bugiozinho

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Conselhos de Avaliador, por Léo Ribeiro de Sousa - www.blogdoleoribeiro.blogspot.com

Não sigo a décima de que “se conselho fosse bom a gente não dava, vendia”.  Penso que o repasse de informações, verdadeiras, corretas, por gente que tem mais experiência, é o alicerce do amanhã.

Como vocês sabem sou, novamente, avaliador do festival Ronco do Bugio, em sua 22ª edição. Como fui escolhido pela organização como presidente do júri, vou repassar a TODOS os concorrentes algumas informações sobre este evento genuíno e que talvez sejam importantes aos que vão mandar seus trabalhos.

EM RELAÇÃO À MÚSICA: Observar, com muita atenção, que o ritmo tem quer ser BUGIO pois é muito fácil, e acontece seguidamente, dos músicos mandarem VANEIRAS. Quando me referi que este festival é genuíno, foi exatamente por isso, ou seja, a música, o ritmo, TEM QUE SER BUGIO, o único gênero musical forjado no Rio Grande do Sul e onde encontra, no município de São Francisco de Paula, um dos maiores preservadores e divulgadores deste compasso.

O filho de São “Chico” Honeyde Bertussi que, juntamente com seu irmão Adelar Bertussi  gravou o primeiro bugio (Casamento da Doralice), defendia que a característica marcante do bugio é o jogo-de-fole na gaita. Contudo, outro grande gaiteiro, também serrano, Albino Manique, toca bugio sem fazer o jogo-de-fole. Então, digamos que isto não seja fundamental, até porque quem se utiliza de gaita botoneira (gaita-de-botão / gaita ponto) não pode fazer jogo-de-fole, pois abre num tom e fecha em outro. No 7º Ronco do Bugio, quem venceu foi Antoninho Duarte com o Bugio de Antigamente, sem letra e... sem gaita. Mas TEM QUE SER BUGIO!

EM RELAÇÃO À LETRA: Aqui acontece algo engraçado. Como o ritmo obrigatoriamente é bugio, os autores se confundem e acabam remetendo trabalhos falando do bicho, do primata, do macaco e acaba ficando meio repetitivo. O TEMA É LIVRE. Inclusive, na 2ª edição do festival, o primeiro lugar coube a Bugio do Adeus, de Apparício Silva Rillo e Elton Saldanha, um bugio romântico.  Isto quer dizer que a letra não precisa ser, necessariamente, abagualada. O ideal é a perfeita harmonia entre letra e música, com mensagem de fácil entendimento. Mas, como diz Glênio Fagundes “o difícil é fazer o simples”, desejamos sucesso a todos...  e não percam o prazo de inscrições.   

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